Fake-News: como as detetar e como evitar ser induzido em erro

Não são novidade, mas as consideram uma "praga", pela desinformação que se alastra no dia-a-dia das massas e das empresas.

Desde o aparecimento das fake news muitas organizações decidiram colaborar de modo a criar meios de proteção contra esta ameaça, o que levou à formação de entidades como a Full Fact, uma organização independente que utiliza uma base de dados para verificar a veracidade de factos e tentar combater o problema diretamente na fonte a IFCN (International Fact Checking Network), uma unidade do Instituto Poynter com o objetivo de verificar factos a nível mundial, fornecendo regularmente artigos sobre os tópicos que examinam. Finalmente também podemos referir o site português de fact checking (Polígrafo), que visa também avaliar qualquer tipo de informação publicada, não tendo um tema ou alvo específico.

Com o grave problema de saúde pública que surgiu no início deste ano, o surto pandémico do SARS CoV 2 e a doença COVID 19 provocada por este, muitas destas organizações sentiram a necessidade de mudar o seu foco para este novo tópico Em janeiro deste ano, a IFCN decidiu criar uma rede com mais de 100 fact checkers localizados em mais de 70 países. Esta rede, criada assim que a COVID 19 começou a sua propagação pela China, constatou um aumento descontrolado de desinformação por todo o mundo. Devido ao elevado grau de preocupação em relação a este problema, a gigante das tecnologias Facebook doou 1 milhão de dólares à IFCN para combater as fake news dentro da sua app de troca de mensagens WhatsApp 4. Dois sites espanhóis de jornalismo e fact checking afirmam que 40 das notícias recebidas para verificação provêm da app WhatsApp no entanto, outros sites declaram um número muito superior, 70 das fake news vêm desta app e preveem que este número ainda irá subir.

 

Recentemente, a empresa Google anunciou que financiou 6 5 milhões de dólares a organizações de fact checking para as ajudar a combater a desinformação, com um foco em especial no novo coronavírus. Também o Twitter e o Youtube decidiram tomar medidas para combater esta tendência. As atitudes e medidas tomadas por estas grandes empresas evidenciam a realidade e seriedade do problema que temos atualmente a nossa saúde e bem estar não só é afetada diretamente pelo vírus, mas também indiretamente por estes mitos, boatos e falsas notícias que são criadas e espalhadas dentro das nossas redes de amigos e familiares, agravando as nossas preocupações.

Websites de notícias, bem como jornais de Fact Checking como o Polígrafo, estão constantemente a serem atualizados e tentam cobrir diferentes grupos de notícias, é vivamente aconselhado visitá-los por modo estar sempre a par do que devemos e do que não devemos acreditar.

RECOMENDAÇÕES

  • Sempre que receber uma mensagem ou notícia que pareça questionável, utilize os fact checkers disponíveis online (ex.: Poligrafo sapo pt, Fullfact org, etc.);
  • Uma simples pesquisa que não demora mais que 1 minuto a fazer, pode-lhe poupar imensas complicações no futuro;
  • Se receber um e-mail que possua um link no seu conteúdo e que lhe peça para confirmar algo relacionado com os seus dados, não clique no link que lhe aparece. Se suspeitar que poderá haver alguma veracidade no e mail aceda ao site em questão, não pelo link dado, mas sim pelo browser tal como se estivesse a utilizar o serviço normalmente e verifique se realmente existe um problema que necessita da sua ação.

 

 

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